quarta-feira, dezembro 27, 2006

Proscratinação chama-se ela. E é uma cabra...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

segunda-feira, dezembro 04, 2006

é mesmo isto

Simplicity, simplicity, simplicity!

Henry David Thoreau

sexta-feira, novembro 10, 2006

...

Os abortistas sabem que a alma nacional é naturalmente cristã, afectiva e bondosa. Jamais o coração português consentiria numa matança indiscriminada de seres humanos inocentes.

Daniel Serrão, 1997

quarta-feira, novembro 01, 2006

O aborto e o código penal

Para quem não saiba, o aborto está classificado no Codigo Penal português como crime desde 1852. O artigo 358º não previa nenhuma situação de excepção:

Aquele que, de propósito, fizer abortar uma mulher pejada, empregando para este fim violências ou bebidas ou medicamentos, ou qualquer outro meio, se o crime for cometido sem o consentimento da mulher, será condenado na pesa de prisão maior temporária com trabalho.
§ 1º Se for cometido o crime com o consentimento da mulher será punido com pena de prisão maior temporária
§ 2º Será punida com a mesma pena a mulher que consentir e fizer uso dos meios subministrados, ou que voluntariamente procurar o aborto a si mesma, seguindo-se efectivamente o mesmo aborto.
§ 3º Se, porém, no caso do § antecedente, a mulher cometer o crime para ocultar a sua desonra, a pena será de prisão correccional.

§ 4º O médico ou cirurgião ou farmacêutico que, abusando da sua profissão, tiver voluntariamente concorrido para a execução deste crime, indicando ou subministrando os meios, incorrerá respectivamente nas mesmas penas, agravadas segundo as regras gerais.

Em 1966, o Prof. Eduardo Correia redige uma nova proposta da Parte Especial do Código Penal que passa a admitir, como única possibilidade de recurso ao aborto, a indicação médica:

Artigo 152º
O aborto praticado por um médico com o devido consentimento, não é punível quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina, tal intervenção é o único meio de remover um perigo de morte ou de uma grave irreversível lesão da saúde ou da integridade física da mulher grávida.

Em 1979, uma proposta de lei aprovada pelo IV Governo Constitucional, sendo Ministro da Justiça o mesmo Prof. Eduardo Correia, propõe a utilização do termo interrupção da gravidez e estabelece os controlos necessários para se aceder à indicação médica de aborto:

Art. 145 (Interrupção da gravidez por indicação médica)
1. A interrupção da gravidez praticada por um médico, com o devido consentimento, só é possível quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina, tal intervenção seja meio adequado para remover perigo de morte ou de uma grave e irreversível lesão da saúde ou integridade física ou psíquica da mulher grávida.
2. A necessidade de interrupção da gravidez, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina, deve ser confirmada, sempre que possível, antes, e quando o não for antes, depois da intervenção, pelo parecer de um especialista para isso autorizado pela Ordem dos Médicos.


Devido à dissolvição da Assembleia da República, esta proposta de lei caducou e ficou sem efeito.
Três anos depois, em 1982, o novo Código Penal deixa cair a indicação de aborto terapêutico e volta ao regime vigente desde 1852:

Dos crimes contra a vida intra-uterina

Art.139º
(Aborto)
Quem, por qualquer meio e sem consentimento da mulher grávida a fizer abortar, será punido com prisão de dois a oito anos.
Art. 140º
(Aborto consentido)
1. Quem, por qualquer meio e sem consentimento da mulher grávida, a fizer abortar, será punido com prisão até três anos.
2. Na mesma pena i ncorre a mulher grávida que der consentimento ao aborto causado por terceiro ou que, por facto próprio ou de outrém, se fizer abortar
3. Se o aborto previsto nos números anteriores tiver o objectivo de ocultar a desonra da mulher será punido com prisão até dois anos.
Art. 141º
(Aborto agravado)
1. Quando do aborto ou dos meios empregados resultar a morte ou uma grave lesão para o corpo ou para a saúde da mulher grávida o máximo da pena aplicável será aumentada de um terço.
2. A mesma pena será aplicada ao agente que se dedicar habitualmente à prática do aborto ou o realizar com intenção lucrativa.
3. A agravação prevista neste artigo não será aplicável à própria mulher grávida.


Nesse ano inicia-se então a discussão, na Assembleia da República, sobre os projectos-lei de despenalização do aborto.
A Certain Ratio

Finalmente o youtube. Shack up!

segunda-feira, outubro 30, 2006

O elogio da eficácia

A cena passa-se na Biblioteca Nacional. O jovem incógnito dirige-se, calmamente, ao balcão de apoio ao leitor. Com bons modos e trejeitos educados pede, em voz baixa mas firme, a atenção do bibliotecário:

Jovem Incógnito: Olhe, por favor! Eu reparei na vossa base de dados que existia um livro novo mas ainda sem cota. Pode-me dizer quando vai ficar disponível?
Bibliotecário: Xiiiiiiii! Só daqui a uns dois meses...melhor, só lá para 2007, em Março ou Abril.

Fim de Cena: O Jovem, apanhado incauto, faz um esforço enorme para não deixar transparecer a enorme desilusão que o percorre. Esperar 6 meses para ler um livro já comprado tem o seu quê de ridículo.

terça-feira, outubro 24, 2006

Entre o céu e o inferno...

Durante esta semana tenho tido a oportunidade de ir ver alguns filmes ao Doc Lisboa. Apesar de não ser um grande fã do cinema documental, gosto do género. Isto pode parecer contraditório mas eu explico. A verdade é que quando vejo um documentário não consigo destrinçar entre o meu fascínio pelo tema tratado e o formato em que é apresentado. Ou seja, aquela análise que se faz ao guião de um filme deixa de fazer sentido porque ali nada é ficção, desaparece a figura técnica e constrói-se uma figura humana (caso se trate de pessoas). Por isto, deixo de conseguir identificar o realizador, aproximando-me de tal forma da história que sou levado pelo impacto que tem as imagens a passar no ecran. Não sei mas imagino que a grande discussão no cinema documental seja a mesma porque passaram alguns ciências experimentalistas faz algum tempo, a influência do investigador no resultado da experiência. Até que ponto os argumentos são mais construídos para um género mediático e menos para a partilha de experiências genuínas. Confio que os meus amigos antropólogos tenham algo a dizer sobre isto.

De qualquer maneira, o Doc Lisboa é mais qualquer coisa. Para além de um festival, é um ponto de encontro de várias elites e dos seus interesses. Infelizmente, estes interesses são, este ano, extremamente "clean". É triste ver que, depois de um sucesso como "Lisboetas", a intervenção que no meu ponto de vista este tipo de cinema tem que fazer esteja completamente ausente. A prova está na recusa do filme do meu amigo O. Espero, no entanto, a sua projecção brevemente em qualquer outro lugar.

Na segunda feira, "Cartas a uma Ditadura" de Inês de Medeiros proporcionou-me uma experiência inesperada. Sendo o filme sobre as cartas do Movimento Nacional de Mulheres enviadas a Salazar (e vice-versa), fazia uma análise ao Estado Novo sob uma perspectiva pouco abordada: o papel das mulheres no célebre Deus, Pátria e Família.
Por infortúnio do destino, dei por mim na cadeira exactamente em frente ao Dr.Paulo Portas. Por desígnio misterioso, vi-me na cadeira exactamente atrás da actriz Margarida Vilanova. Nesta dicotomia, céu e inferno, para além de não me conseguir concentrar no filme, perdi-me com a atenção dividida entre os esgares do Dr. e os suspiros da menina. Posso, no entanto, com firmeza afirmar que também o Paulinho se ria quando as senhoras faziam pouco do Estado Novo.
O segundo filme, aquele que acabo de ver, chama-se Brava Dança e é a história dos Hérois do Mar. Confesso que sou um admirador da música mas acima de tudo das suas influências. Por ser muito pequeno, escapei a toda aquela polémica da imagem fascista que lhes foi colada. Lembro-me perfeitamente de com 10 anos cantarolar "O inventor", sem nenhuma ideia do que estava a dizer, mas de sentir aquela música extremamente próxima. Foi, de facto, comovente ver retratada uma das bandas que me ensinaram a gostar de música e do poder que ela tem.

Gostava de falar mais dos hérois, principalmente da afinidade que têm com uma outra banda de que gosto muito: A Certain Ratio. Mas para já, para já, vou dormir.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Notícia do Dia

Artigo 47.º-2 do código deontológico da Ordem dos Médicos:

Constituem falta deontológica grave quer a prática do aborto quer a prática da eutanásia”.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Memórias do exílio

Uma semana de vida diferente. Dias que funcionam ao contrário, começam cedo e acabam tarde. Já tenho saudades...




domingo, outubro 08, 2006

Em busca da Glória...

"No concelho de Salvaterra de Magos, por aquela estrada cabisbaixa, que une Marinhais a Coruche, está a Glória. Não conheço em todo Ribatejo percorrido, aldeia que irradie mais simpatia por atributo próprio".

Alves Redol em Glória, Uma Aldeia do Ribatejo

domingo, outubro 01, 2006

quinta-feira, setembro 28, 2006

Com amigos assim...


Para o Ventilan e o Zézito um grande bem haja.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Bem vindo Sr.Inverno


Monsanto 2006

quinta-feira, setembro 07, 2006

Dr. Bernard Nathanson

O Dr. Bernard Nathanson foi durante muitos anos um médico "abortista". Foi um dos pioneiros e maiores especialistas na realização de abortos nos EUA. Era de tal forma obstinado que chegou a fazer uma intervenção a uma mulher que ele próprio tinha engravidado.

Mas os anos 70, para além do Disco e do Nixon, trouxeram as ecografias. Nathanson, que reclama ter efectuado cerca de 75 000 intervenções, quando vê no ecran a primeira imagem de um feto na barriga da mãe arrepende-se e passa a ser um dos maiores opositores do Aborto.

Quando vira a casaca, para além de ter dito que todos os números com que argumentava a maior organização pró-escolha da América (NARAL), e da qual ele fazia parte, eram falsos, realiza o mais bem sucedido filme de propaganda pró-vida (The Silent Scream).

Hoje em dia, apesar de ter nascido Judeu, converteu-se ao catolicismo devido à influência de membros da Opus Dei.

O Dr.Bernard Nathanson visitou o nosso país, em 1998, e foi orador no Congresso pela Vida organizado pelo movimento Juntos Pela Vida.

terça-feira, setembro 05, 2006

Carina

carina
diventi tutti i giorni piu' carina
ma in fondo resti sempre una bambina
che non conosce il dolce gioco dell'amor
graziosa
nessuna donna al mondo e' piu' graziosa
perche' la tua boccuccia deliziosa
se vuole un bacio non ha il coraggio di mentir

carina
allegra e spensierata sei carina
ma con il broncio sembri ancor piu' bella
tu sei la stella che manca in ciel
perche' carina, carina, carina sei tu
simpatica e dolce
ogni giorno di piu
'e col tuo candore
carina tu sei fatta per amar

Fred Buscaglione

sábado, setembro 02, 2006

Op Art





Op art sucks!

quinta-feira, agosto 31, 2006

Elogio Fúnebre à praia da minha consolação e aquela outra coisa que às vezes se diz sentir por outra pessoa

Meio rosé, uma posta de cherne, daquele do lombo, e o silêncio das horas vagas.

É pôr-do-sol e a maré baixa vai descobrindo as pegadas dos banhistas, afoitos, à procura de um sentido no fim do dia de praia.

O livro acompanha mas não fala, ouve. Juntos, olhamos o mar e desejamos aquela brisa que desorganiza as páginas.



quarta-feira, agosto 09, 2006

Diários de Agosto

Este ano decidi não ter férias. Tinha planeado Agosto em Lisboa, de forma a avançar definitivamente com a tese de mestrado. Não foi uma decisão fácil, mas até surgiu de modo bastante natural. A recompensa de férias futuras, de preferência no hemisfério que tenha Verão, confortavam-me os pensamentos já virados para pés molhados e bebidas bem geladas. Mas é o que temos e, se o posso dizer, Lisboa até é uma cidade muito divertida em Agosto.

O destino muitas vezes arranja forma de nos surpreender. Tudo mudou quando, esta segunda-feira. soube da extensão do prazo de entrega da dissertação, fazendo ruir todos os meus planos de isolamento e trabalho casto. A derrocada começou exactamente ontem...

Serve este pequeno desabafo para contar uma história.

Com este calor ninguém consegue dormir. Lisboa sempre foi uma cidade escaldante no verão embora a sua característica brisa consiga disfarçar o calor que durante todo o dia se embrenha nas paredes das casas. Mas quando o vento não sopra, só uma imperial bem gelada pode ajudar a embalar o sono. E foi exactamente isso que fiz.

No sítio do costume, com um constante vai e vem de amigos que não sabia na cidade, dei por mim numa animada conversa com uma americana. Aparentava ter 23 ou 24 anos, loira, atraente, e uma fervorosa adepta dos Wildcats da Universidade do Arizona. Para além da idade, aquilo que tinhamos em comum era a ciência política. Estava perante uma ilustre colega norte-americana.

A conversa até começou bem. Depois vieram as curriqueiras comparações europa, america, trá-lá-lá. Tudo na mesma. Jasmine, uma votante (notem, é diferente de apoiante) de George Bush e membro do Partido Republicano, achava que não deviam haver hospitais públicos. O seu namorado espanhol, o pobre António, fora, uma vez, numa aflição à procura de médico num hospital de granada. Ai, um erro no diagnóstico da maleita do pobre António, atiçou de tal maneira a raiva da nossa amiga norte-americana que mais nenhum hospital comunitário deveria existir. E foi aqui que começou a parte interessante...

Claro que toda esta argumentação nos levou para o conflito entre ricos e pobres, excluídos e desempregados. Jasmine, produto da classe média alta norte-americana, tinha neste ponto uma perspectiva muito interessante. Nas suas palavras: Natural Selection. Darwin, dizia ela, há muito que provou que só os mais fortes sobrevivem. E na vida, quem é forte fica rico, quem não é...Natural Selection.

segunda-feira, julho 17, 2006

E tu? Já acordaste a desejar ser uma pessoa completamente diferente?!?



Cuidado...O remorso mata!

sexta-feira, junho 23, 2006

O fim de uma era...

(Salão de jogos Monumental)

Adeus velho amigo
que em silêncio me viste crescer.

domingo, junho 18, 2006

Desabafo desesperado


It's the economy, stupid!

terça-feira, junho 13, 2006

Sentimental

Sentimental, sentimental
Um coração saliente
Bate e bate muito mais que sente
Fica doente mas é natural, natural
Que num cochilo de agosto
Surja um outro alguém do sexo oposto
Do sexo oposto outro outro alguém
Ontem vi tudo acabado
Meu céu desastrado
Medo, solidão, ciúme
Hoje contei as estrelas
E a vida parece um filme
Gemini, gemini, geminiano
Este ano vai ser o seu ano
Ou se não, o destino não quis

Ah, eu ei de ser
Terei de ser
Serei feliz
Serei feliz, feliz
Chico Buarque

Terrivelmente lamechas que mas que dizer? É apenas a birthday mood...

sexta-feira, junho 09, 2006

Quadra de Santos Populares



Ó meu rico Santo António,
Ó meu caro S.João,
Não há coisa que eu mais odeie
Que uma constipação de Verão!

terça-feira, maio 30, 2006

A Dúvida

Depois da espera, que ainda continua, surgiu a dúvida.
Há cerca de dois meses concorri à primeira fase dos exames de acesso à carreira diplomática. Uma prova de português e outra de inglês foi o suficiente para reprovar a maioria dos candidatos. Dos cerca de 1700 ficaram 312 e, para minha grande surpresa, fui um dos aprovados.

Com o ego reforçado por ter passado as provas, estou agora indeciso em relação ao que fazer.
Se tempos houve em que encontrava algum romantismo na diplomacia (provavelmente influências queirosianas), a verdade é que, hoje em dia, não lhe encontro grandes diferenças para o mero funcionalismo público. E convenhamos que nem ao pior inimigo se deseja uma carreira na função pública!

Durão BarrosoA prova de que em diplomacia podem começar brilhantes carreiras

A próxima fase de exames acontece no dia 24 de Junho e consiste numa avaliação psicológica e de conhecimentos nas áreas de direito internacional, economia e história diplomática. Desta vez, se quiser passar tenho mesmo de estudar. O problema é que não tenho a certeza se quero correr o risco de ficar ou de estudar para depois reprovar. Estou completamente dividido.

Por isto e porque este blog é interactivo, decidi pedir ajuda ao meu oráculo, ou seja, vocês. Peço-vos que votem e me ajudem neste momento de dúvida.

O que fazer?
Estudar e fazer os exames
Não estudar e fazer os exames
Não fazer os exames
Ir ao exame insultar todos os tachistas que lá vão estar
Arranjar alguém para fazer os exames por mim
Fazer uma ameaça de bomba para ter mais tempo para estudar
Resignar-me e procurar um call-center onde realmente pertença
Começar a ganhar juízo e tirar o curso de medicina que a minha mãe tanto queria!
Free polls from Pollhost.com


Obrigado por terem vindo!

domingo, maio 21, 2006

A espera...


Novidades talvez para breve.

segunda-feira, abril 17, 2006

Os dias da rádio

A rádio tem perdido qualidades. Se alguns projectos interessantes têm aparecido nos últimos tempos, a verdade é que pouco depois tornam-se em mais uma estação de playlists. E não há nada mais aborrecido do que saber qual é a próxima música a passar. A imprevisibilidade e a surpresa que os programas de autor nos reservavam parece perdida. Tudo se resume às negociatas entre as editoras e os grandes grupos da comunicação. Até aquela castiça rádio local que, sempre à volta da canção portuguesa era uma alternativa aos formatos jovem, notícias ou nostalgia, vai perdendo a sua identidade.


No entanto, as inovações tecnológicas vieram baralhar esta uniformização. O podcast ameaça fazer com que a rádio seja cada vez mais pessoal e específica. Não desfazendo, parte do gozo de ouvir rádio é saber da sua disponibilidade ilimitada, à espera de um qualquer transistor mais maroto. As web rádios são um desafio ainda maior. Incríveis em quantidade mas parcas na qualidade, são uma forma muito simples de criar um projecto alternativo.

A resonance fm apresenta-se como a primeira art radio londrina. Emitindo também em frequência, a sua programação consiste em sessões de poesia, programas de humor, música ao vivo e outro tipo de acções de divulgação do trabalho dos mais variados artistas. Dinamizada por um colectivo de músicos amantes da música contemporânea, é um conceito a ter em atenção. E, quem sabe, a procurar implementar...

quarta-feira, abril 12, 2006

Para quem se interessa pelas origens da música a Soul Jazz Records lança mais uma pérola. Indo, de novo, bem ao centro de Nova Iorque, o Hip Hop aparece como a criação livre, liberta de todos os demais batidos preconceitos. A inspiração vem dos estúdios de Kingston, envolvidos na instabilidade política que assolou a Jamaica no final dos anos 70. O Hip Hop surge de forma inovadora, insistindo no cut&paste e na cultura da festa de rua, block party's e sound systems. A capacidade aglutinadora da big apple, mais exactamente do Bronx, tratou do resto.

O conteúdo mais politizado aparece numa fase posterior. Não desfazendo a sua importância, também importa conhecer o hip hop num estádio original, de pura diversão. O mais engraçado é descobrir as continuidades, as interligações entre passado, presente e futuro que tornam constantes a influência da música na vida das pessoas. E o hip hop, quer se queira quer não, já ganhou o seu lugar na história.

segunda-feira, abril 03, 2006

quinta-feira, março 30, 2006

Pillow Fight

Meus amigos e minhas amigas,
este sábado dia 1 de Abril, Lisboa vai assistir a uma pillow fight!

A flash mob volta a atacar no Rossio, entre as 15h e as 15h10.


Não cheguem atrasados e se conhecerem alguém que mereça umas boas almofadadas tragam-no também. Mas não se entusiasmem demasiado. Aqui vão algumas regras do Pillow Fight Club de Londres:


1.You do tell everyone about PillowFight Club.
2.You do tell everyone about PillowFight Club.
3.If someone whines or has no pillow, you cannot hit them.
4.Everyone joins in the fight.
5.The one fight starts at the designated time - No earlier.
6.No tar, no heavy things in pillows.
7.PillowFights will go on until they're done.
8.If this is your first night at PillowFight Club, you have to get feathered.

quinta-feira, março 23, 2006

terça-feira, março 21, 2006

Com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe

Mãe! Mãe!
O meu coração ainda batia quando me mandaram para dentro daquele balde ensanguentado.
E o meu pequeno corpo, com as pernas partidas, lá ficou a arrefecer.
Martim d'Athaíde
Por favor, leiam o resto

segunda-feira, março 20, 2006

Caixa de Pandora

Em quem acreditar?



Jalal Talabani (Presidente do Iraque) rejeitou ontem que o Iraque esteja a viver uma guerra civil, mas admitiu que ficou perto disso com o ataque de 22 de Fevereiro contra uma mesquita xiita em Samarra.









Iyad Allawi (Líder do primeiro governo de transição iraquiano) - Perdemos todos os dias em média 50 a 60 pessoas em todo o país, se não mais - se isto não é uma guerra civil, então Deus sabe o que é uma guerra civil









Definitivamente, ninguém sabe muito bem o que se passa no Iraque. Apenas os soundbytes diários que nos dão conta de atentados sem fim. Vítimas lembradas durante 30 segundos para serem rapidamente esquecidas. Pessoas sem cara, sem família, sem escolha...
Todos os conceitos, pomposamente relembrados pelos americanos, da infalibilidade do Nation Building vão falhando. As constantes referências ao sucesso alemão e japonês já não pegam. O Iraque não é, nem nunca foi um país homogéneo. A identidade nacional foi construída sobre a repartição dos dividendos de um estado centralizado e dominado, como se sabe, pela minoria sunita. Dada a oportunidade, outras comunidades tentam agora alcançar o que a história lhes foi negando, com óbvio destaque para os curdos. Só os muito ingénuos ou obcecados podiam pensar numa rápida instituição de lei e ordem pelas mãos de uma potência invasora.

No entanto, para alguns isto não é suficiente. José Manuel Fernandes escreve hoje um artigo no Público onde diz que já se enganou, que se engana e que se pode vir a enganar a qualquer momento. Mas no que toca ao Iraque: não senhor! Todos ainda nos lembramos daquele texto emocionado onde o director do Público chorava ao ver a estátua de Saddam Hussein por terra.
Parece ser uma pessoa de lágrima fácil mas só quando gigantes com pés de barro são derrubados: "Se os erros cometidos no pós-invasão mostram incompetência e impreparação, não mostram que a intervenção não devia ter ocorrido.". Nem mais caro senhor Fernandes: ó vai, ó racha. Vamos pedir mais um pouco de paciência aos que sofreram os abusos de Abu Ghraib, os que todos dias perdem o direito à vida e à grande maioria de iraquianos moderados que, todos os dias, veêm chegar legiões de mártires dispostos a tornar a sua vida num inferno.


segunda-feira, março 13, 2006

Lentamente, o fumo vai adormecendo o espírito no calor tépido e dissolvente. As qualidades fortes, a energia, a vontade, dissipam-se, esvaem-se numa sonolência doce. Cai-se naquele estado que os árabes chamam kief. É uma espécie de desmaio vivo: a vida torna-se passiva, quase vegetal.

O Egipto in Obras de Eça de Queiroz

Eça de Queiroz descrevendo a sua experiência com haxixe na cidade de Alexandria. Faz todo o sentido para quem acabou de ler o Quarteto de Alexandria e começa a biografia do Eça.

sexta-feira, março 10, 2006

quarta-feira, março 08, 2006

Provérbio

A vingança é doce mas os frutos são amargos

Dia Internacional da Mulher

Il cru fantástico celebra alguns dias mais tarde:




terça-feira, março 07, 2006

Inside Hollywood

Este post não é mais um sobre a "entrega das estatuetas douradas" ou das "estrelas" na "passadeira vermelha" (só me lembrei destes clichés embora hajam muitos mais). Falo de uma estrela tão branca que até nos cega quando sorri. Esse mesmo: Paulo Portas.
Hoje foi dia de estreia na televisão por cabo. Ainda não estou absolutamente refeito da súbita avalanche de novos canais (220!?!) aqui em casa, mas Paulo Portas apresentou o seu programa de opinião. Se Marcelo tem, Vitorino tem, até o Goucha tem (cruzes canhoto), porque raio não pode o novo prometido da política portuguesa ter um também? Tá bem que é no cabo mas serve na mesma porque paulinho não é esquisito, não é não senhora! Ele até já tinha um blog... Mas alguém tem dúvidas da sua personalidade moderna?

Não vou falar dos ex-combatentes do ultramar, das pensões miseráveis, de mulheres nas ondas. Vou falar de cinema, ou melhor, escrever sobre aquilo que o Portas falou daquilo que viu no cinema (!). Está entendido isto? Óptimo...

Paulo Portas gosta de cinema. Lembro-me de uma entrevista, há uns anos atrás, em que ele dizia que o seu filme preferido era "A Idade da Inocência". Sem dúvida um grande filme. Mas o que achei curioso foi a razão da escolha. Portas dizia que era um filme que não tinha um beijo, uma cena de sexo. Muito respeituoso portanto. De facto maravilhoso.

Mas falemos dos Oscares. Para o Paulo (acho que neste ponto já o posso começar a tratar por tu) não havia nenhum grande filme. A prova cabal eram as baixas receitas dos 5 nomeados para melhor filme. Mais um bom argumento.

Brokeback Mountain - "é um filme bonito com sensibilidade".
Eu acho que ele deve ter fechado os olhos na cena do beijo

Syriana - "É um filme básico. Normalmente, nos Estados Unidos, costuma-se chamar básicos aos conservadores principalmente se são do Texas. (...)A idade mental de Syriana é baixissíma."
Paulinho desde dos 3 anos que lê grandes obras de relações internacionais e ciência política para achar que a relação entre multinacionais, estados e oligarquias é uma coisa simples.

E o melhor fica para o fim:
Munique - "Não se percebe porque só os israelitas têm de ter problemas de consciência quando atacam alguém."
Aqui concordo com ele. Até porque a criação do estado israelita não teve nada a ver com problemas de consciência.

Posto isto, acho que o Oscar português (globo d'ouro) de melhor programa de autor já está entregue. Se for por mim amigo Paulo, lá estarás no tapete vermelho...

segunda-feira, março 06, 2006

O Citrino do dia:

Limão

Hoje positivamente não tenho nada para dizer a não ser que odeio segundas-feiras amargas como limões.

sexta-feira, março 03, 2006

Freeganismo

Freegans são pessoas que adotam estratégias alternativas de viver, baseadas numa participação limitada na economia de mercado e um consumo minimo de recursos. O termo freegan é derivado das palavras "free" (livre, em inglês) e vegan. Vegans são pessoas que não consomem produtos de origem animal ou testados em animais. Os freegans vão além disso, reconhecendo que, após anos de protestos estéreis e tentando boicotar produtos de corporações responsáveis por violações dos direitos humanos, destruição ambiental e exploração animal, sempre que comprarmos alguma coisa estaremos de alguma forma contribuindo para a manutenção desse sistema. Trabalho forçado, destruiçao de florestas, aquecimento global, desapropriação de terras indígenas, poluição do ar e da água, erradicação da vida selvagem para a agricultura, exploração infantil, são apenas alguns dos vários impactos que esse sistema produz. O freeganismo é um boicote a esse sistema. Nós evitamos de comprar qualquer coisa em todos os níveis possíveis.

mais aqui

quarta-feira, março 01, 2006


Fim de semana de Carnaval passado no Porto. Pouca folia mas grande acompanhamento de uma cidade que sabe receber. Da ribeira à casa da música, o porto consegue apertar-nos num agradável abraço, como alguém que não vemos à muito tempo. Passeios pela foz, os "maus hábitos" da noite, fez parecer Lisboa, apesar de muito maior, imensamente pequena. E ainda mais... Serralves dá-nos uma visão panorâmica sobre o mundo. "Anschool" (Não escola) de Hirschhorn apenas acentua o significado próprio da intencionalidade.


A tentativa, o objectivo, de "Anschool" e "Anschool II" é evitar o academismo, evitar a formação, evitar a cronologia e evitar a hierarquia. Quero com "Anschool" e "Anschool II" proclamar a liberdade absoluta da arte de existir apenas como arte, a autonomia absoluta da arte e a vontade absoluta da arte de existir apenas como arte. O que significa que a arte está preparada e tem capacidade para lutar a qualquer momento e em qualquer contexto pelas suas condições: Liberdade, Autonomia e visão de conjunto. "Anschool" e "Anschool II" querem evitar a glorificação, o distanciamento e a visão de conjunto.



"Anschool" e "Anschool II" são a afirmação da "luta interior" da obra de arte consigo mesma e também da vontade que tenho de dar uma forma minha. É algo divisado por necessidades e com urgência e divisado aqui e agora. (Imanência.) "Anschool" e "Anscholl II" são feitas pelo artista que ainda está vivo, que ainda trabalha, ainda luta, ainda exagera, ainda é mau, ainda não está morto! "Anschool" e "Anschool II" são a vontade de uma exposição com precisão e ao mesmo tempo a vontade de uma exposição com excesso.

Thomas Hirschhorn 14.2.2005

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Cabeça e Membros...

Então não é que Lisboa, assim aos bocadinhos, vai ficando uma cidade cada vez mais interessante?

Cefalopode Um espaço relativamente recente bem no coração do bairro do Castelo. Da recuperação de um lupanar saiu uma cave polivalente disponível para música ao vivo, perfomances, sessões de poesia, etc. Vale bem a pena uma visita...

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

So many places to see, so little time...

mapa gentilmente cedido por Marco Polo

sábado, fevereiro 18, 2006

dói quando a chuva cai

Ontem choveu sonho.


Hoje sonho com a chuva...

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Tactel? NUNCA MAIS!

Aqui à dias, nem sei bem porquê, dei por mim a recordar as aulas de educação fisica que obrigatoriamente tinhamos de seguir. Para além de certas preciosidades, tais como a sapatilha branca ou o jogo do mata, um outro pormenor continua a perseguir-me. Esse pormenor era feito de tactel aos quadrados e incrivelmente colorido. Aliás, estupidamente colorido.
Pois é, para aqueles que, como eu, tinham mães extremamente atenciosas no vestir da descendência (inclusive a moda very 80's das camisas de lã self made mas essa é uma história que fica para mais tarde) já sabem do que estou a falar. O fato-de-treino tactel. Aquele ser ou não ser tão bem traduzido pelas palavras: "Hoje tens ginásticas levas o fato-de-treino!".

OH! Não! Todo o esforço aplicado na construção de uma vida social normal acabou de se esvair por entre as costuras do verde florescente e do amarelo canário. Nem mesmo a defesa das propriedades tecnológicas dessa inovação no domínio dos tecidos (o tactel) podia valer. Mas tudo podia ainda ficar pior. Nos dias de chuva, a toilette fato-de-treino e bota da chuva era simplesmente assustadora, revoltante, angustiante...


Não sei quantos de vocês passaram por esta experiência, mas quem lá esteve não esquece. O tactel passou a ser palavra proibida e capaz de trazer lágrimas aos olhos.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Kassav


Fui esta noite descobrir as origens da música Souk. Feliz contemplado com um bilhete de um passatempo da rádio, poupei 22€ e fui espreitar uma coisa diferente.
O concerto, no mítico pavilhão do Belenenses, estava meio cheio (ou meio vazio). Pelos vistos, os Kassav, apesar de históricos, estão numa espécie de limbo entre a música popular africana e essa quimera que é a world music. O público dividia-se entre angolanos, moçambicanos, cabo verdianos e lisboetas como eu. A mistura resultou numa orgia de kisomba, rock, música caribenha e afro-beat que só tornava possível esta destrinça nas diferentes maneiras de dançar. Não deixa, contudo, de ser embaraçante bambolear quando ao lado se completam autênticas coreografias.
Os kassav são interessantes enquanto música explosiva e capaz de fazer abanar tudo desde da ponta dos cabelos aos dedos dos pés. É, no entanto, bastante cansativo a repetição ritmica que torna todas músicas bastante familiares, apesar de nunca ter ouvido um único cd. O que mais me atingiu,, sem dúvida, foi o ambiente pacífico e desfrutante que tanto o público como os músicos conseguiram criar. A ter em atenção futuros desenvolvimentos.
A voz deste senhor é simplesmente fenomenal!

FYI

A forte gripe (ainda não aviária) que me apanhou toda a semana passada deixou este blog ao abandono. Continuo a manter a média de uma constipação viral por ano embora sejam cada vez mais fortes. Cinco dias absolutamente indefeso, três deles de cama, é o suficiente para deitar abaixo qualquer um.

a)Ainda em convalescença, dei conta que faz hoje 10 dias que não fumo. Uma pequena vitória que me deixa bastante feliz. O incrível nem é ter deixado de fumar, é sentir-me mesmo muito bem. Não me levem a mal, nunca fui grande partidário da vida saudável mas há uma sensação de leveza que há muito não sentia. vamos ver como corre o período crítico das próximas semanas...

b)Enquanto debelava os 40 graus de febre, ouvi falar, ao longe, de uma qualquer estória de cartoons. Ao princípio não me pareceu nada de especial. Apenas mais tarde vim a compreender a extensão de toda a trama.
Esta segunda feira, num jantar entre amigos, o tema, inevitavelmente, surgiu. Pensava eu, ao discutir com pessoas que deviam ter alguma sensibilidade acrescida pelos anos passados na faculdade, que as nossas posições não deviam divergir muito. Nada mais falso. Para mim, que não considero o problema nem nos trâmites da liberdade de expressão nem no desrespeito de símbolos culturais mas na instrumentalização consciente de franjas interessadas em destabilizar e provocar medo, considerava afastada qualquer hipótese de "guerra de civilizações". No calor da discussão tive de enfrentar argumentos tais como: "vê o que eles fazem às mulheres"; "a liberdade de expressão é sagrada"; e a piece du resistance "a nossa cultura é superior à deles". Foi neste momento que percebi que o caminho que trilhamos é feito de gelo muito fino. A intoxicação iniciada desde do 11 de Setembro alcançou o seu estádio final. Não se trata mais de luta de anti-terrorista mas anti-muçulmana. É lugar comum dizer isto e até politicamente correcto em alguns meios. Não é esse, porém, o sentido desta afirmação. Não é por serem o que são mas por serem contra nós. A imagem do inimigo está criada e bem consolidada tanto de um lado como do outro. E o medo leva as pessoas a fazer as coisas mais incríveis...

terça-feira, janeiro 31, 2006

Esta mulher num é do Norte carago!

No referendo do Aborto, em 1998, um dos movimentos de cidadãos contra a despenalização tinha o nome de Vi(d)a Norte. Segundo Miguel Negrão, fundador do movimento, dirigia-se à “especificidade da mulher do norte que ocupa uma posição de destaque num sistema de família matriarcal” (Público, 16 de Junho de 1998).



sexta-feira, janeiro 27, 2006

Melodia

À beira da corrente
Se vem sentar quem sente
Subir do coração a onda da amargura.
A lua, no céu claro,
Não faz nenhum reparo,
e a mágoa que nos dói não mancha a noite pura...


Como entre si falando,
As águas vão passando,
Cantando, se é cantar o seu chorar a rir;
E a plácida elegia,
Tão música e poesia,
Só diz o que quiser ouvir quem vem ouvir...


No fundo do passado,
Remonta o bando alado
De amados e gentis cadáveres da Ilusão...
E atrás do som das águas,
Acordam velhas mágoas,
Com seu perfume a flores no tampo dum caixão.


Se nada mais te resta
Que um ar de fim de festa,
Sabendo bem de mais que a festa não foi tua,
À beira da corrente,
Vem tu ouvir, ausente,
Seu canto que não fala e assim tudo insinua...

Ai, águas que ides indo,
Luar no rio abrindo
Titulações de luz num flutuante espelho,
Como vós, nada faço!
Flutuo, canto, passo...
E assim sou sempre infante e vou ficando velho


Nem eu mais quero! quero
Florir o desespero
De músicas, ficções, grinaldas, ilusão...
E sejam dessas flores
Orvalhos interiores
As lágrimas que choro, embora os olhos não.


À beira da corrente
Se vem sentar quem tente
Beber até ao fundo o cálix muito cheio.
Na noite clara e boa,
Nem o sofrer magoa,
Porque no fim é o Mais, - a dor só é no meio...


Se já não tens mais nada
Senão olhar, da estrada,
Aléns que julgarás que nunca atingirás,
Poeta ou desgraçado,
Vem! senta-te a meu lado:
Deixemo-nos ir ter ao fundo desta paz...


José Régio

quarta-feira, janeiro 25, 2006

desabafo

E pronto! Cavaco ganhou, Soares perdeu e Alegre...bom, Alegre não sabe muito bem o que lhe aconteceu. Louçã desceu, Jerónimo subiu e Garcia Pereira fez-se notar. Nada de novo portanto. Passada esta fúria eleitoral, cá nos vamos ter de amanhar com as escolhas da maioria. Daqui a três anos há mais...

Legenda: a agonia das minorias debaixo de tinta amarela

sábado, janeiro 21, 2006

Hino da vida

No ano da graça do Senhor e da Senhora de 1998, uma canção, elevada ao tom de hino, fez eco em algumas gargantas mais habituadas a dizer Amên:



Autoria: Pedro Granger entre outros

O engano da Vizinha

Sim, é oficial. A minha vizinha deixou-me mal. A futurologia com que me brindou revelou-se absolutamente errada. Esperemos maior acuidade em futuras ocasiões.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

neighbourhood watch

Durante o jantar de hoje, partilhado em família, surgiu à conversa algumas preciosidades proferidas pela minha ilustre vizinha da frente. Tudo isto deu-me a ideia de criar um espaço diferente, aqui, o blog com mais vitamina C. Também não é alheio um certo sentimento de inveja deste não menos ilustre senhor e o seu envolvimento, tipo encontro imediato de 3º grau, com a vizinha. Porque vizinhas há muitas e não é vizinho quem quer, inauguramos hoje a rúbrica: "A minha vizinha diz que..." E como era de esperar, não começamos com pouco.

"A minha vizinha diz que..."
Mário Soares desiste esta sexta-feira das eleições presidenciais.

a teus pés eu confesso!

Não é verdade, as epifanias anunciadas uns posts mais abaixo são mesmo para cumprir (tirando, obviamente, a de deixar de fumar). Assim, a razão de tão longa ausência de inspirada escrita, aliás regra neste blog, prende-se com um excessivo volume de trabalho que implica muitas horas frente ao computador. Após esta quarta-feira, espero pois, caro leitor, desforrar-me e tirar este blog da miséria. E se quem fala assim não é gago, aguardemos...

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Garcia Pereira tem um sentido de humor ácido,
politicamente incorrecto, que usa sem pudor nas
suas intervenções - é um stand up politician
Público 10/01/2006

sábado, janeiro 07, 2006

homenagem à juventude urbana lisboeta











Afinal, existem mais flores no meu jardim...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

(c)a(ga)lheira



Aviso à navegação:
Qualquer tipo de enchido que exija fritura e uma quantidade gratuita de gordura animal não deve ser consumida em locais que tenham mini-pratos, tremoços, minis ou papos-secos da semana passada aquecidos no micro-ondas. O resultado não é nada positivo, mesmo se o preço é abaixo dos 5€. Considerem-se avisados...

carta aberta aos presidentes da câmara de Lisboa

Tendo passado os últimos dias enfiado em arquivos desta cidade tão pouco amiga da memória, cheguei à conclusão de que não existe um espaço suficientemente grande para enfiar a estupidez dos últimos eméritos síndacos.

Senão vejamos...

A história que vos trago trata da Hemeroteca Municipal de Lisboa, por sinal uma das mais antigas e importantes. Para quem não saiba, a Hemeroteca situa-se frente ao miradouro de S. Pedro de Alcantâra e o seu arquivo consiste em publicações periódicas (jornais, revistas, almanaques, etc) desde meados do séc. XIX até aos nossos dias. O edifício, velho pois claro, há muito tempo pedia umas obras de recuperação para aguentar mais um outro século que passa. Sendo um palácio brasonado, é normal que queira voltar aos seus dias de esplendor. Precavendo-se, a CML começou as obras de recuperação de um outro edíficio histórico (antiga sede do Jornal Record), este de má memória (francamente, não há jornal mais faccioso), para receber o acervo da actual hemeroteca. Mas seguindo o procedimento normal, as obras atrasaram-se vai para quase dois anos e o actual edíficio da Hemeroteca foi encerrado por falta de condições de segurança pelos próprios técnicos da Câmara. Ainda não fica por aqui. O requinte é tal que mesmo após as obras de recuperação o antigo edíficio do Record não tem espaço suficiente para receber todo o acervo da hemeroteca. É neste ponto que paro para vos perguntar: o que fazer? Será possível que se deixe cair de podre um dos mais importantes elementos da nossa história colectiva e ainda não se tenha em conta as condições do novo edifício? de facto, cretinices destas só estão ao alcance de alguns, mais exactamente de apelido Soares, Lopes ou Rodrigues. Eu, felizmente, não tenho nenhum nome destes...

terça-feira, janeiro 03, 2006

Epifanias 2005/2006

1ª - Manter uma escrita coerente e frequente neste blog.
2ª - Deixar de fumar.
3ª - Deixar a má-disposição que tanto me caracteriza.
4ª - Deixar as coisas seguirem o seu rumo.