quinta-feira, março 30, 2006

Pillow Fight

Meus amigos e minhas amigas,
este sábado dia 1 de Abril, Lisboa vai assistir a uma pillow fight!

A flash mob volta a atacar no Rossio, entre as 15h e as 15h10.


Não cheguem atrasados e se conhecerem alguém que mereça umas boas almofadadas tragam-no também. Mas não se entusiasmem demasiado. Aqui vão algumas regras do Pillow Fight Club de Londres:


1.You do tell everyone about PillowFight Club.
2.You do tell everyone about PillowFight Club.
3.If someone whines or has no pillow, you cannot hit them.
4.Everyone joins in the fight.
5.The one fight starts at the designated time - No earlier.
6.No tar, no heavy things in pillows.
7.PillowFights will go on until they're done.
8.If this is your first night at PillowFight Club, you have to get feathered.

quinta-feira, março 23, 2006

terça-feira, março 21, 2006

Com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe

Mãe! Mãe!
O meu coração ainda batia quando me mandaram para dentro daquele balde ensanguentado.
E o meu pequeno corpo, com as pernas partidas, lá ficou a arrefecer.
Martim d'Athaíde
Por favor, leiam o resto

segunda-feira, março 20, 2006

Caixa de Pandora

Em quem acreditar?



Jalal Talabani (Presidente do Iraque) rejeitou ontem que o Iraque esteja a viver uma guerra civil, mas admitiu que ficou perto disso com o ataque de 22 de Fevereiro contra uma mesquita xiita em Samarra.









Iyad Allawi (Líder do primeiro governo de transição iraquiano) - Perdemos todos os dias em média 50 a 60 pessoas em todo o país, se não mais - se isto não é uma guerra civil, então Deus sabe o que é uma guerra civil









Definitivamente, ninguém sabe muito bem o que se passa no Iraque. Apenas os soundbytes diários que nos dão conta de atentados sem fim. Vítimas lembradas durante 30 segundos para serem rapidamente esquecidas. Pessoas sem cara, sem família, sem escolha...
Todos os conceitos, pomposamente relembrados pelos americanos, da infalibilidade do Nation Building vão falhando. As constantes referências ao sucesso alemão e japonês já não pegam. O Iraque não é, nem nunca foi um país homogéneo. A identidade nacional foi construída sobre a repartição dos dividendos de um estado centralizado e dominado, como se sabe, pela minoria sunita. Dada a oportunidade, outras comunidades tentam agora alcançar o que a história lhes foi negando, com óbvio destaque para os curdos. Só os muito ingénuos ou obcecados podiam pensar numa rápida instituição de lei e ordem pelas mãos de uma potência invasora.

No entanto, para alguns isto não é suficiente. José Manuel Fernandes escreve hoje um artigo no Público onde diz que já se enganou, que se engana e que se pode vir a enganar a qualquer momento. Mas no que toca ao Iraque: não senhor! Todos ainda nos lembramos daquele texto emocionado onde o director do Público chorava ao ver a estátua de Saddam Hussein por terra.
Parece ser uma pessoa de lágrima fácil mas só quando gigantes com pés de barro são derrubados: "Se os erros cometidos no pós-invasão mostram incompetência e impreparação, não mostram que a intervenção não devia ter ocorrido.". Nem mais caro senhor Fernandes: ó vai, ó racha. Vamos pedir mais um pouco de paciência aos que sofreram os abusos de Abu Ghraib, os que todos dias perdem o direito à vida e à grande maioria de iraquianos moderados que, todos os dias, veêm chegar legiões de mártires dispostos a tornar a sua vida num inferno.


segunda-feira, março 13, 2006

Lentamente, o fumo vai adormecendo o espírito no calor tépido e dissolvente. As qualidades fortes, a energia, a vontade, dissipam-se, esvaem-se numa sonolência doce. Cai-se naquele estado que os árabes chamam kief. É uma espécie de desmaio vivo: a vida torna-se passiva, quase vegetal.

O Egipto in Obras de Eça de Queiroz

Eça de Queiroz descrevendo a sua experiência com haxixe na cidade de Alexandria. Faz todo o sentido para quem acabou de ler o Quarteto de Alexandria e começa a biografia do Eça.

sexta-feira, março 10, 2006

quarta-feira, março 08, 2006

Provérbio

A vingança é doce mas os frutos são amargos

Dia Internacional da Mulher

Il cru fantástico celebra alguns dias mais tarde:




terça-feira, março 07, 2006

Inside Hollywood

Este post não é mais um sobre a "entrega das estatuetas douradas" ou das "estrelas" na "passadeira vermelha" (só me lembrei destes clichés embora hajam muitos mais). Falo de uma estrela tão branca que até nos cega quando sorri. Esse mesmo: Paulo Portas.
Hoje foi dia de estreia na televisão por cabo. Ainda não estou absolutamente refeito da súbita avalanche de novos canais (220!?!) aqui em casa, mas Paulo Portas apresentou o seu programa de opinião. Se Marcelo tem, Vitorino tem, até o Goucha tem (cruzes canhoto), porque raio não pode o novo prometido da política portuguesa ter um também? Tá bem que é no cabo mas serve na mesma porque paulinho não é esquisito, não é não senhora! Ele até já tinha um blog... Mas alguém tem dúvidas da sua personalidade moderna?

Não vou falar dos ex-combatentes do ultramar, das pensões miseráveis, de mulheres nas ondas. Vou falar de cinema, ou melhor, escrever sobre aquilo que o Portas falou daquilo que viu no cinema (!). Está entendido isto? Óptimo...

Paulo Portas gosta de cinema. Lembro-me de uma entrevista, há uns anos atrás, em que ele dizia que o seu filme preferido era "A Idade da Inocência". Sem dúvida um grande filme. Mas o que achei curioso foi a razão da escolha. Portas dizia que era um filme que não tinha um beijo, uma cena de sexo. Muito respeituoso portanto. De facto maravilhoso.

Mas falemos dos Oscares. Para o Paulo (acho que neste ponto já o posso começar a tratar por tu) não havia nenhum grande filme. A prova cabal eram as baixas receitas dos 5 nomeados para melhor filme. Mais um bom argumento.

Brokeback Mountain - "é um filme bonito com sensibilidade".
Eu acho que ele deve ter fechado os olhos na cena do beijo

Syriana - "É um filme básico. Normalmente, nos Estados Unidos, costuma-se chamar básicos aos conservadores principalmente se são do Texas. (...)A idade mental de Syriana é baixissíma."
Paulinho desde dos 3 anos que lê grandes obras de relações internacionais e ciência política para achar que a relação entre multinacionais, estados e oligarquias é uma coisa simples.

E o melhor fica para o fim:
Munique - "Não se percebe porque só os israelitas têm de ter problemas de consciência quando atacam alguém."
Aqui concordo com ele. Até porque a criação do estado israelita não teve nada a ver com problemas de consciência.

Posto isto, acho que o Oscar português (globo d'ouro) de melhor programa de autor já está entregue. Se for por mim amigo Paulo, lá estarás no tapete vermelho...

segunda-feira, março 06, 2006

O Citrino do dia:

Limão

Hoje positivamente não tenho nada para dizer a não ser que odeio segundas-feiras amargas como limões.

sexta-feira, março 03, 2006

Freeganismo

Freegans são pessoas que adotam estratégias alternativas de viver, baseadas numa participação limitada na economia de mercado e um consumo minimo de recursos. O termo freegan é derivado das palavras "free" (livre, em inglês) e vegan. Vegans são pessoas que não consomem produtos de origem animal ou testados em animais. Os freegans vão além disso, reconhecendo que, após anos de protestos estéreis e tentando boicotar produtos de corporações responsáveis por violações dos direitos humanos, destruição ambiental e exploração animal, sempre que comprarmos alguma coisa estaremos de alguma forma contribuindo para a manutenção desse sistema. Trabalho forçado, destruiçao de florestas, aquecimento global, desapropriação de terras indígenas, poluição do ar e da água, erradicação da vida selvagem para a agricultura, exploração infantil, são apenas alguns dos vários impactos que esse sistema produz. O freeganismo é um boicote a esse sistema. Nós evitamos de comprar qualquer coisa em todos os níveis possíveis.

mais aqui

quarta-feira, março 01, 2006


Fim de semana de Carnaval passado no Porto. Pouca folia mas grande acompanhamento de uma cidade que sabe receber. Da ribeira à casa da música, o porto consegue apertar-nos num agradável abraço, como alguém que não vemos à muito tempo. Passeios pela foz, os "maus hábitos" da noite, fez parecer Lisboa, apesar de muito maior, imensamente pequena. E ainda mais... Serralves dá-nos uma visão panorâmica sobre o mundo. "Anschool" (Não escola) de Hirschhorn apenas acentua o significado próprio da intencionalidade.


A tentativa, o objectivo, de "Anschool" e "Anschool II" é evitar o academismo, evitar a formação, evitar a cronologia e evitar a hierarquia. Quero com "Anschool" e "Anschool II" proclamar a liberdade absoluta da arte de existir apenas como arte, a autonomia absoluta da arte e a vontade absoluta da arte de existir apenas como arte. O que significa que a arte está preparada e tem capacidade para lutar a qualquer momento e em qualquer contexto pelas suas condições: Liberdade, Autonomia e visão de conjunto. "Anschool" e "Anschool II" querem evitar a glorificação, o distanciamento e a visão de conjunto.



"Anschool" e "Anschool II" são a afirmação da "luta interior" da obra de arte consigo mesma e também da vontade que tenho de dar uma forma minha. É algo divisado por necessidades e com urgência e divisado aqui e agora. (Imanência.) "Anschool" e "Anscholl II" são feitas pelo artista que ainda está vivo, que ainda trabalha, ainda luta, ainda exagera, ainda é mau, ainda não está morto! "Anschool" e "Anschool II" são a vontade de uma exposição com precisão e ao mesmo tempo a vontade de uma exposição com excesso.

Thomas Hirschhorn 14.2.2005