terça-feira, março 07, 2006

Inside Hollywood

Este post não é mais um sobre a "entrega das estatuetas douradas" ou das "estrelas" na "passadeira vermelha" (só me lembrei destes clichés embora hajam muitos mais). Falo de uma estrela tão branca que até nos cega quando sorri. Esse mesmo: Paulo Portas.
Hoje foi dia de estreia na televisão por cabo. Ainda não estou absolutamente refeito da súbita avalanche de novos canais (220!?!) aqui em casa, mas Paulo Portas apresentou o seu programa de opinião. Se Marcelo tem, Vitorino tem, até o Goucha tem (cruzes canhoto), porque raio não pode o novo prometido da política portuguesa ter um também? Tá bem que é no cabo mas serve na mesma porque paulinho não é esquisito, não é não senhora! Ele até já tinha um blog... Mas alguém tem dúvidas da sua personalidade moderna?

Não vou falar dos ex-combatentes do ultramar, das pensões miseráveis, de mulheres nas ondas. Vou falar de cinema, ou melhor, escrever sobre aquilo que o Portas falou daquilo que viu no cinema (!). Está entendido isto? Óptimo...

Paulo Portas gosta de cinema. Lembro-me de uma entrevista, há uns anos atrás, em que ele dizia que o seu filme preferido era "A Idade da Inocência". Sem dúvida um grande filme. Mas o que achei curioso foi a razão da escolha. Portas dizia que era um filme que não tinha um beijo, uma cena de sexo. Muito respeituoso portanto. De facto maravilhoso.

Mas falemos dos Oscares. Para o Paulo (acho que neste ponto já o posso começar a tratar por tu) não havia nenhum grande filme. A prova cabal eram as baixas receitas dos 5 nomeados para melhor filme. Mais um bom argumento.

Brokeback Mountain - "é um filme bonito com sensibilidade".
Eu acho que ele deve ter fechado os olhos na cena do beijo

Syriana - "É um filme básico. Normalmente, nos Estados Unidos, costuma-se chamar básicos aos conservadores principalmente se são do Texas. (...)A idade mental de Syriana é baixissíma."
Paulinho desde dos 3 anos que lê grandes obras de relações internacionais e ciência política para achar que a relação entre multinacionais, estados e oligarquias é uma coisa simples.

E o melhor fica para o fim:
Munique - "Não se percebe porque só os israelitas têm de ter problemas de consciência quando atacam alguém."
Aqui concordo com ele. Até porque a criação do estado israelita não teve nada a ver com problemas de consciência.

Posto isto, acho que o Oscar português (globo d'ouro) de melhor programa de autor já está entregue. Se for por mim amigo Paulo, lá estarás no tapete vermelho...

2 comentários:

Anónimo disse...

tava aqui eu a apanhar umas laranjas no teu pomar (e cadê as meias laranjas?) quando vi esta tua posta sobre o paulinho. O moço já levou umas beijocas bem larocas lá na feira, quando passa no meu barraco, mas infelizmente não tenho 220 canais para o apanhar na têvê. É pena.

Mas ainda bem que o globo d'oiro ía para ele. É uma jóia de pessoa, merece todo o oiro deste mundo.

André disse...

Então estamos de acordo querida clementina.