O caso da Universidade Independente tem tido algumas particularidades bastante interessantes. Sem entrar muito na questão da lavagem de dinheiro, das acusações de tráfico de diamantes e outras coisas mais, aquilo que me chamou a atenção foram dois pequenos pormenores.
Em primeiro lugar, o presidente da Associação Académica (?) da Universidade Independente, o senhor Hermínio Brioso. Lembro-me deste tipo desde o tempo em que estive na associação de estudantes, em 2001. Era já presidente e, ao que parecia, era um histórico dos encontros nacionais de direcções associativas. Sendo que a Universidade tem apenas 14 anos, manter o mesmo presidente durante mais de metade do seu tempo de existência não é uma marca propriamente saudável embora seja indicativa do tipo de aproveitamento pessoal que se faz das estruturas estudantis. Qualquer dia, já se concorre à Universidade não para tirar uma licenciatura mas para conseguir um tacho na associação que dê para, pelo menos, uns 20 anos de chupismo. Hermínio está quase lá, fazendo fé que a Independente não acaba de uma vez por todas. Seria uma pena...
Depois, a outra peculariedade foi dada pelo reitor da Universidade. Numa entrevista, quando lhe perguntaram sobre a sua relação com Rui Verde, o presidente da entidade que gere a universidade, ele afirmou:
"Eu sempre fui leal ao Dr. Rui Verde. Quando ele acabou a Universidade, o pai dele veio pedir-me para lhe arranjar um emprego. Ele queria ficar na católica mas não conseguiu e então eu disse-lhe para vir trabalhar comigo na Autónoma".
Acho que ficou bem claro como se forma o corpo docente das Universidades privadas.
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
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