Fui esta noite descobrir as origens da música Souk. Feliz contemplado com um bilhete de um passatempo da rádio, poupei 22€ e fui espreitar uma coisa diferente.
O concerto, no mítico pavilhão do Belenenses, estava meio cheio (ou meio vazio). Pelos vistos, os Kassav, apesar de históricos, estão numa espécie de limbo entre a música popular africana e essa quimera que é a world music. O público dividia-se entre angolanos, moçambicanos, cabo verdianos e lisboetas como eu. A mistura resultou numa orgia de kisomba, rock, música caribenha e afro-beat que só tornava possível esta destrinça nas diferentes maneiras de dançar. Não deixa, contudo, de ser embaraçante bambolear quando ao lado se completam autênticas coreografias.
Os kassav são interessantes enquanto música explosiva e capaz de fazer abanar tudo desde da ponta dos cabelos aos dedos dos pés. É, no entanto, bastante cansativo a repetição ritmica que torna todas músicas bastante familiares, apesar de nunca ter ouvido um único cd. O que mais me atingiu,, sem dúvida, foi o ambiente pacífico e desfrutante que tanto o público como os músicos conseguiram criar. A ter em atenção futuros desenvolvimentos.
A voz deste senhor é simplesmente fenomenal!
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